Exploração do Trabalhador
Há pessoas
politicamente cegas, que pensam que o mundo do trabalho mudou. A exploração não
é mais aquela dos séculos 19 ou 20. Por isso, é preciso mudar a política. A
classe operária não está mais na miséria como antigamente. Esse é o papo de
quem quer justificar o abandono da luta pelo socialismo e de sua adesão ao
pensamento neoliberal. Isto é a aceitação do pensamento único, há 30 anos
hegemônico. É claro que o mundo mudou, que a realidade do trabalho mudou, mas o
fundamento do lucro do capital continua a ser a exploração e a opressão dos
trabalhadores. A imposição de condições de vida e trabalho absolutamente
desumanas. E o capital hoje, como sempre, prende, tortura e mata quem contesta
ou faz morrer de miséria e de exploração sem fim.
Em agosto
de 2012, o mundo assistiu a dezenas de mortes provocadas pela repressão
policial a serviço dos patrões nas minas de ouro da África do Sul. Quem mandou
matar? Foram os donos das grandes corporações que exploram o ouro, diamantes,
ferro e mil outras riquezas daquele continente há séculos. Essa é a história da
África, o continente mais saqueado pelas potências europeias para acumular suas
riquezas. Nas mãos de quem? De um punhado de capitalistas, respeitosamente
chamados de empresários.
No Norte do mesmo continente, no Marrocos, há outra forma de matar
trabalhadores, ou melhor, trabalhadoras. As duas maiores empresas pesqueiras da
Holanda pescam camarões no Mar do Norte e os levam até o porto de Tanger, no
Marrocos, para que sejam descascados. Lá estão instaladas as fábricas de descascamento
onde trabalham mulheres, geralmente jovens entre 14 e 18 anos, por 12 horas por
dia e em ambiente com baixíssima temperatura. No fim do mês levam para casa 60%
do salário mínimo nacional. As adolescentes são tratadas como meras peças de
reposição. Devido ao ritmo de trabalho e às péssimas condições, perdem sua
capacidade produtiva aos 18, ficam aleijadas depois de quatro anos de
trabalho.
O mundo
inteiro veste roupas ou sapatos do maior exportador mundial, a China. O segundo
produtor mundial é Bangladesh. Lá a exploração é das mais terríveis. A imensa
maioria das trabalhadoras ganha de 25 a 37 dólares mensais. Sim, de 50 a 80
reais. Vivem em favelas monstruosamente grandes, sem nenhuma condição humana de
vida. Há constantes greves e manifestações de protesto, sempre reprimidas a
tiros pela polícia dos patrões. Eles querem continuar com a mão de obra mais
barata do mundo. Esta é a lógica do
capital.
E na
Europa? Grécia, Espanha, Irlanda, Portugal, Itália? Lá a moda é falar da crise
e com isso aumentar a exploração e retirar direitos trabalhistas. E aqui no
Brasil? Várias medidas estão sendo armadas para “flexibilizar” as leis
trabalhistas e diminuir os custos da mão de obra. Este é o mundo do capital. O
nosso mundo, o do trabalho, precisa ser construído.
Dados adquiridos na pesquisa de
campo com 18 pessoas
Devido
a extensiva carga horária de trabalho, muitos se sentem explorados. Isso pode
ser consequência do sistema capitalista , no qual o dinheiro é o sol, o centro
de todas as coisas.
Com isso, o patrão , ou dono do meio de
produção , ambicioso pela obtenção de lucros, acaba ultrapassando os limites
físicos e psicológicos de seus funcionários. E este, por sua vez, rende se às
condições impostas , por não haver uma outra alternativa, devido ao seu nível
de preparação intelectual.
Dados adquiridos na pesquisa de campo com 18 pessoas
Deve ser levado em conta também, que 35% dos
funcionários não usufruem de todos os direitos presentes nas leis trabalhistas.
Tais quais, o fato de serem obrigados a ‘’venderem’’ metade do tempo de duração
de suas férias anuais e entre outros e muitos direitos que não são exercidos. E
como mais direitos significa menos lucro para o patrão , este acaba passando
por debaixo dos panos.
Um outro fator que incomoda e dificulta a
rotina de muitas pessoas é o baixo salário. Grande parcela dos entrevistados (66%)
dizem receber um salário injusto. Por outro lado, deve ser considerado que
muitos se deixam levar pela insatisfação humana aliada com a ganância financeira, querendo cada vez mais e
mais...
Alunos:
- Emily Rodrigues
- Gabriela Quaresma
- Kassiane Rangel
- Mateus Maia
- Pedro Brum
Bibliografia:
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