domingo, 16 de agosto de 2015

Trabalho Análogo Ao De Escravo

Trabalho Análogo Ao De Escravo

           Mais de 125 anos após a abolição da escravatura, o Brasil ainda combate uma versão moderna do tipo de trabalho forçado. Mais de 2 mil pessoas são libertadas todos os anos no país em condições análogas à de escravos



O termo “trabalho análogo ao de escravo” deriva do fato de que o trabalho escravo formal foi abolido pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888. Até então, o Estado brasileiro tolerava a propriedade de uma pessoa por outra não mais reconhecida pela legislação, o que se tornou ilegal após essa data.


O trabalho escravo é terminantemente proibido no Brasil e deveria ter acabado com a Lei Áurea , servindo para a conscientização da sociedade e a extinção definitiva desse tipo de iniquidade. O que não se esperava era que a nomenclatura “trabalho escravo ou escravidão” seria vista por diversas vezes, em pleno século 21, em meio a denúncias e conflitos jurídicos envolvendo, na maioria das vezes, marcas da indústria têxtil populares e conceituadas.
Ocorre que, o trabalho escravo continua sendo praticado no país, em diversas áreas distintas, como por exemplo, fazendas, carvoarias, canteiros de obras e com maior proporção em oficinas de costura. A cada ano milhares de trabalhadores, brasileiros e estrangeiros, são recrutados para trabalhar em condição análoga à escrava e acabam aceitando diante da falta de emprego que atinge o país.
De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, são elementos que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou sobrecarga de trabalho que acarreta a danos à sua saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). Os elementos podem vir juntos ou isoladamente.


           O maior índice de trabalho análogo a escravidão no Brasil ocorre nas áreas do norte, nordeste e centro-oeste. E tal fator, se deve em conta a ineficiência da fiscalização em tais regiões. Além, é claro, do fato de grande parcela da população brasileira dessas regiões  seencontrar na linha da pobreza (tanto na área econômica quanto na área educacional). O que faz com que os mesmos não reconheçam seus direitos presentes nas leis trabalhistas.
Umas das principais atividades econômicas dessas regiões são a pecuária e a agricultura. E é exatamente nessas atividades que há mais relatos do trabalho análogo aescravidão no Brasil.



Apartir de 2013

Até 2013, o trabalho escravo era flagrado principalmente em atividades econômicas rurais, mas desse ano em diante, a violação se deu preponderantemente na zona urbana em setores como a construção civil (5%) e o têxtil (1%).Em 2013, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o número de libertações no meio urbano foi maior que o do meio rural pela primeira vez na história. Uma das explicações para a mudança é o boom de grandes obras pelo país.

Alunos:
- Emily Rodrigues
- Gabriela Quaresma
- Kassiane Rangel
- Mateus Maia
- Pedro Brum


Bibliografia:

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